O dízimo dos dízimos

O dízimo dos dízimos

Uma vez que todos os sacerdotes eram levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes, 10% dos dízimos recebidos pelos levitas deveria ser repassado aos sacerdotes (descendentes de Arão) cujas responsabilidades específicas eram relacionadas à adoração no Templo, conforme vemos a seguir:

 

“25 Disse o SENHOR a Moisés: 26 Também falarás aos levitas e lhes dirás: Quando receberdes os dízimos da parte dos filhos de Israel, que vos dei por vossa herança, deles apresentareis uma oferta ao SENHOR: o dízimo dos dízimos. 27 Atribuir-se-vos-á a vossa oferta como se fosse cereal da eira e plenitude do lagar. 28 Assim, também apresentareis ao Senhor uma oferta de todos os vossos dízimos que receberdes dos filhos de Israel e deles dareis a oferta do Senhor a Arão, o sacerdote."” (Nm 18:25-28, grifo nosso).

 

Portanto, que fique claro: os sacerdotes só recebiam 10% dos dízimos que eram destinados aos levitas. Oliveira (2005, p. 93) assevera que “devemos lembrar que são os levitas que recebem os dízimos, e não os sacerdotes”.

 

Curiosamente, as lideranças evangélicas que hoje utilizam a Lei para cobrar dízimos, não a usam na hora de aplicar as receitas dos dízimos. Tudo o que recebem a título de dízimos (100%) fica sob a livre administração dos pastores (sacerdotes?). Ora, se alguém quer cumprir a Lei, que a cumpra por inteiro, "Pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos" (Tg 2:10). E se alguém valoriza o livro de Malaquias, deve observar que ele chamou de desprezíveis e indignos aqueles que são parciais na aplicação da Lei (Ml 2:9).

 

Texto extraído do Capítulo 3 do livro "Dízimos e Ofertas: pretextos dos impiedosos".