Carta 196
DATA DA PUBLICAÇÃO: 19/12/2011
From: JOÃO
Subject: Minha Carta.
Para: prademirlima@gmail.com
Minha breve história.
Por JOÃO.
Nasci e me criei na igreja luterana do Estado do Espírito Santo e, em 29 de junho de 1983 eu tive a oportunidade de conhecer o Maanaim, um monte onde a igreja cristã maranata se reúne com seus membros, para encontros e vigílias. Foi nesse local que fui batizado com o Espírito Santo e com fogo.
Foi muito profunda a experiência que tive naquela vigília, o que me deixou embriagado com o Espírito Santo por vários dias; diante do que estava passando comigo, não contive a alegria que estava sentindo e fui procurar os irmãos da igreja de Campo Grande, Cariacica (Região Metropolitana da Grande Vitória.) para contar-lhes o que o Senhor havia feito comigo.
Nessa época eu era apenas um visitante na igreja, mas mesmo assim eles me convidaram para subir no Maanaim para a vigília, o que aceitei de pronto.
A partir dessa vigília, tudo aconteceu. A minha vida mudou completamente. Eu era outro homem. Todos os irmãos da igreja de Campo Grande que estavam nessa vigília ficaram assustados e maravilhados com a minha experiência e que foi relatada essa experiência para muitas pessoas que iam à igreja ou alguns irmãos que iam em outras.
Um mês depois desse acontecimento maravilhoso, por meio de revelação do Senhor à igreja, houve uma nova vigília no Maanaim, só que tinha um outro objetivo: era para que fossem batizados nas águas, eu e a minha esposa Terezinha. Outra bênção do Senhor para nós.
Minha esposa alcançou o que havia alcançado antes do batismo nas águas, a mesma experiência, só que no dia do batismo nas águas dela.
Após o batismo nas águas, noventa dias (90), passei a trabalhar no campo evangelístico da igreja, com alguns irmãos, todos de Campo Grande. Nesse período, muitas famílias foram alcançadas pelo meu testemunho obtido no Maanaim, naquela vigília.
Seis anos após, fui levantado como Diácono na igreja de Duque de Caxias, Vitória, Capital do Estado, no ministério do finado Pastor Eduardo Toscano. Por lá fiquei uns dez anos.
Meu tempo total na igreja Cristã Maranata, foi de vinte anos (20) sendo que servi ao Senhor como Diácono por quinze (15) anos. O Senhor vinha falando através dos dons espirituais, dentro da igreja sobre o meu chamado para o ministério; entretanto, os líderes da igreja seguraram esse chamado do Senhor para mim, durante muitos e muitos anos, sem me dar qualquer explicação para isso.
Diante da demora dos líderes em me consagrar ao ministério, o Senhor me levou para uma reunião (Convenção) de ministros das igrejas das Assembléias de Deus, realizada no município da Serra-Grande Vitória, Estado do Espírito Santo, onde o Senhor usou um dos seus servos, um Profeta que mora na cidade do Rio de Janeiro, que eu não conhecia e nunca tinha visto na vida, me entregou uma profecia do Senhor.
Foi assim.
Chegando na reunião eu me sentei na última fileira e a reunião iniciou-se. Não conhecia ninguém nessa reunião e nem eles a mim. No decorrer da ministração da reunião, em dado momento, o Pastor que estava na condução da mesma, olhou lá para o fundo do salão e apontou para mim, dizendo: você ai, meu irmão. De camisa amarela. Levante-se, porque o Senhor revelou que você é quem vai ministrar a ceia hoje aqui para nós.
Levei um susto, pois nunca iria imaginar que isso pudesse acontecer comigo, ainda mais numa reunião de uma igreja da qual eu não sou membro e nem era conhecido e nem conhecia nenhum dos presentes. Senti na hora que era a mão do Senhor, pois fiquei extasiado.
Levantei-me e fui à frente, sem jeito e sem entender o segredo do que estava acontecendo comigo e naquela reunião.
Cheguei à frente e o pastor que havia me chamado, passou-me um pão inteiro para consagrá-lo ao Senhor e depois parti-lo. Antes de consagrar o pão, um dos pastores entregou uma profecia do Senhor ( era o pastor Profeta da cidade do Rio de Janeiro) em que dizia o seguinte:
“os homens atrasaram o seu ministério em quinze (15) anos, mas o Senhor já marcou a data para você ser consagrado.”
Após essa profecia sobre o meu chamado, o culto da ceia continuou, quando eu, de posse do pão, o apresentei ao Senhor – levantei-o e comecei a orar e eu fui transladado nesse momento, fui levado, diretamente, à cena da crucificação. Vi tudo o que havia acontecido na crucificação.
Ao voltar ao meu estado normal de consciência, a partir do momento em que eu estava ministrando a ceia, vi que todos os pastores presentes naquela reunião estavam em prantos, chorando copiosamente pelo que haviam presenciado naquela hora em que foi consagrado o pão, símbolo do corpo de Jesus Cristo.
Ao me recompor, um pouco, pois estava muito emocionado e sem condições humanas de prosseguir, mas o Senhor me deu forças para continuar a ministrar a ceia, eu passei a entregar um pedaço de pão para cada presente, cada pastor ali naquele salão. Era só alegria do Espírito Santo pelo que estava começando a acontecer.
O vinho foi consagrado por um dos pastores presentes.
Ao terminar a reunião, eu tomei a firme decisão de me desligar da Igreja Cristã Maranata, indo para a igreja de vila velha I, como de costume.
Chegando lá, tive uma outra surpresa que o Senhor havia me preparado: uma das irmãs da igreja me procura e me disse o seguinte:
“Eu estava orando por você e o Senhor mostrava que você estava dentro de uma das igrejas das Assembléias de Deus, recebendo um terno de linho branco. Chegava um anjo até você e colocava um broche com a inscrição GRADUADO, no seu terno.”
Depois de tudo isso, eu e minha esposa tivemos uma conversa franca e chegamos à conclusão de que o nosso tempo ali na Igreja Maranata já estava encerrado.
Procurei o pastor responsável na época e entreguei as chaves que comigo ficavam e agradeci por tudo o que tinha feito e passado ali no meio deles. Virei-me e sai em paz para cumprir com o meu chamado.
Sete dias depois, o pastor presidente da convenção onde eu havia ministrado a ceia, me liga e disse que o Senhor Deus tem pressa para te consagrar ao ministério:
“O Senhor já marcou a data de sua consagração.”
Fui consagrado, primeiramente, ao ministério evangelístico e depois ao ministério pastoral.
Após a consagração conheci vários ministérios, porque tenho amigos e irmãos em Cristo em várias denominações. Através de um desses irmãos, vim a conhecer a CEEN.
Ao pesquisar na internet, me identifiquei muito com esse ministério, que, creio que o Senhor tem uma grande obra para realizar através de vocês.
Sou um intercessor desse ministério desde o dia em que o conheci. Creio e espero que este ministério – CEEN - cresça muito, sob a direção do Senhor, e alcance lugares e pessoas que outros não conseguiram.
Vou continuar orando para aqueles que saíram da ICM e para os que estão lá dentro, ainda, mas estão muito feridos, para que possam encontrar esse ministério e receber o bálsamo para as suas feridas com que foram feitas pelos homens.
De: Site Celeiros
Para: JOÃO
Data: 19 de dezembro de 2011 01:49
Assunto: Minha carta
Prezado Pr. JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja com toda a sua casa.
Estou respondendo sua carta a pedido do Pr. Ademir.
Seu testemunho é muito interessante, vou publicá-lo.
Infelizmente, vejo que a ICM tem desprezado e perdido muitos valores. Eu sei que lá tem um grande número de pessoas extremamente zelosas, tementes a Deus, talentosas e aptas para a realização do projeto que Deus estabeleceu desde a eternidade, mas que nem sempre são bem aproveitadas.
Sobre essa questão, fiz um comentário na carta 194 que vale a pena você dar uma olhada.
Quanto ao seu testemunho, louvo a Deus por você ter exercido sua liberdade sem rebelião ou revolta. Como eu disse na carta 195, sou um defensor da liberdade, pois creio que Jesus nos chamou à liberdade e, por isso, podemos entrar e sair de qualquer associação religiosa quando bem quisermos.
Mas, entendo que há uma forma certa de se fazer isso. A meu ver, você fez o certo: saiu da ICM pela porta da frente, expressando sua gratidão pelo tempo que ali passou. Creio que é assim que deve ser. Não concordo com movimentos dissidentes silenciosos que se formam dentro das igrejas com o propósito de dividi-la. Isso é obra de Satanás, o primeiro rebelde, e, no fim, não acaba bem.
Desejo a você muito sucesso em seu ministério.
O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz.
Grande abraço,
Pr. Sólon.