7 - Idolatria

09/04/2015 19:24

"Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em         cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso ..." (Êxodo 20.3-Sb).

INTRODUÇÃO

A lição desta semana enfoca o pecado da idolatria, em suas várias formas de culto. Você, provavelmente, como a maioria dos que hoje são servos de Deus e o adoram "em espírito e em verdade" (João 4.24), antes de conhecer o Evangelho de Cristo Jesus e de o aceitar como o seu Senhor e suficiente Salvador, praticava alguma forma de culto a alguma divindade, e era devoto de algum dos inúmeros "santos" e "santas" "medianeiros e milagreiros". Na verdade, você era enganado por Satanás e o servia, de uma forma ou de outra, na condenável prática da idolatria. Objetivando esclarecê-lo, à luz das Escrituras, escreveremos acerca da idolatria, sua origem, disseminação, prática e conseqüências. Passo a passo, você perceberá que, por meio desta lições, o seu caminho tem sido iluminado pelo Espírito Santo e as trevas do engano das falsas religiões e dos falsos deuses fo-ram dissipadas pela luz da verdade que promana de Deus, por meio da sua revelação escrita - a Bíblia Sagrada.

 I. DEUS CONDENA A IDOLATRIA

1. Origem da idolatria. Nem a Bíblia nem a História informam quando teve início a idolatria. Porém, por meio das Escrituras, conclui-se que ela teve origem no pecado de Adão e sua subseqüente expulsão da presença do Criador, no Éden. A comunhão do homem com Deus foi interrompida e um abismo abriu-se entre ambos, separando-os.

A Queda deu início ao processo de degradação moral da humanidade: o primeiro homicídio foi perpetrado por Caim contra seu irmão Abel, ambos filhos de Adão e Eva. Amaldiçoado por Deus, "saiu Caim de diante da face do Senhor e habitou na terra de Node...". Neste lugar, o primeiro homicida gerou a sua descendência, for-mando uma linhagem de homens materialistas e violentos, como Lameque (Gênesis 4.8-24). Além de Abel e Caim, Adão e Eva tiveram filhos e filhas (Gênesis 5.1-5), entre os quais, um de nome Sete, que por sua vez, gerou a Enos (Gênesis 5.6).

A geração de Enos começou a invocar o nome do Senhor, isto é, a cultuar o Deus verdadeiro. Os demais, corrompidos pela violência e imoralidade, certamente, criaram para si deuses (ídolos) à semelhança de homem e de animais, para adorá-los. Na verdade, cultuavam a Satanás e seus a anjos rebeldes (demônios) e cada vez mais afastavam-se de Deus.

O capítulo 6 de Gênesis reporta a condição moral da humanidade, a qual provocou uma atitude drástica do Criador. Leia Gênesis 6.11,12.

O pecado da humanidade exigia o juízo divino, o Dilúvio, que destruiu todo o fôlego de vida que havia na Terra, à exceção de Noé e sua família, os quais eram tementes a Deus e, por isso, foram preservados da destruição. Escaparam da ira em uma arca, símbolo da salvação em Cristo Jesus.

2. A nova geração também se corrompeu. Isto se explica, porque em Adão todos pecaram (Leia Romanos 5.12). A nova geração trazia dentro de si o "vírus" do pecado e, também, afastou-se dos caminhos de Deus. Preferiu enveredar por caminhos desconhecidos do misticismo e da adoração de ídolos e deuses, criados pela sua imaginação. O mentor dessas aberrações era o próprio Satanás que reivindicava para si a adoração dos homens. Os séculos passaram e cada vez mais a humanidade afastava-se de Deus e cultuava os ídolos. Cada povo, cada nação, tinha os seus deuses.

3. A Chamada de Abraão, um prenúncio de luz (Leia Gênesis 11.26-31; 12.1-8). Deus jamais permitiria que a humanidade permanecesse envolta nas trevas da ignorância, servindo e adorando a Satanás, cultuando os falsos deuses, ídolos feitos pela mãos do homem. Cheio de misericórdia pelo ser humano criado à sua imagem e semelhança, o Senhor começa a por em ação o seu plano de redenção da humanidade. Por isso, do  seio de uma nação idólatra e feiticeira, Ele chamou a Abraão para ser o pai de uma geração eleita, nação santa, a fim de que, por seu intermédio, os povos pagãos viessem a conhecer o Deus vivo, Criador do homem, digno de toda a adoração por parte de suas criaturas (Salmo 148). Abraão obedeceu e foi a Canaã, e ali habitou como peregrino. Era um estrangeiro, mas sua descendência possuiria aquelas terras. Porém, antes disso, conforme o plano divino, os hebreus seriam escravos no Egito, por mais de quatrocentos anos. E assim foi.

4. Os hebreus saem do Egito, sob a liderança de Moisés. Não se pode deixar de mencionar a escravidão do povo hebreu, no Egito, sob os faraós, por cerca de 400 anos, de onde foram libertos por Deus, sob a liderança de Moisés. Os capítulos 3 a 14 de Êxodo narram como os fatos se desenrolaram.

5. A proibição da prática da idolatria (Leia Êxodo 20.1-5,23). Libertos da escravidão egípcia, os hebreus são separados como povo de Deus e, pelas mãos de Moisés, recebem os mandamentos e fazem um pacto solene com o Todo-Poderoso. Eles seriam santos, como o Senhor que os tirara do jugo de servidão na terra do Egito. Por sua vez, Jeová seria o seu único Deus. Leia Êxodo 20.2,3,4a,5a).

II. ISRAEL TORNA-SE IDÓLATRA

Não demorou muito e os hebreus, convivendo com os povos pagãos que habitavam Canaã, traíram o pacto feito com Jeová e corromperam-se moral e espiritualmente, aderindo à idolatria dos vizinhos pagãos.

1. A idolatria corrompe Israel. Depressa Israel esqueceu as advertências do Senhor: "Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagens de escultura nem estátuas, nem poreis figuras de pedra na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o Senhor vosso Deus" (Levítico 26.1). Os israelitas cultuavam a Deus e os ídolos dos pagãos, simultaneamente, como alguns pretensos cristãos, hoje. Os sacerdotes, líderes espirituais do povo, corromperam o culto divino, introduzindo os ritos e as obscenas práticas dos rituais a Moloque (Milcon), Baal, Astarote, Quemós e até a natureza; como, por exemplo, as árvores, os montes, os rios e os astros (o Sol, a Lua as estrelas e os planetas). Trocaram a fonte das águas puras pelas putrefatas das cisternas rotas e imundas dos pagãos (Jeremias 2.13).

2. A idolatria de Salomão, a causa do rompimento entre as tribos de Israel (Leia 1 Reis 11.1-13). Salomão, filho de Davi, rei de Israel, coabitou com muitas mulheres pagãs. Cada qual cultuava o deus da sua nação e exigia que o rei erigisse um altar em honra a tal divindade e a adorasse. Assim ele se apartou dos caminhos do Senhor e atraiu sobre si e o povo a santa e justa ira de Jeová.

III. CONSEQÜÊNCIAS DA IDOLATRIA

O líder erra, o povo sofre. Neste caso, merecidamente. A luxúria, na qual o rei se mergulhara, exigia altos gastos do tesouro real. A fim de que não lhe faltassem recursos, Salomão sobrecarregou o povo com pesados impostos. Isto não agradou ao povo, nem a Deus.

1. O erro de Reoboão. Morrendo Salomão, seu filho Reoboão ascendeu ao trono de Israel. Não foi sábio: aumentou ainda mais os impostos e causou a divisão do povo em dois reinos: o do Norte, com dez tribos, sob a liderança de Jeroboão, que se tornou o primeiro rei de Israel (Reino do Norte). Ele introduziu a idolatria no Reino do Norte. Mandou fazer dois bezerros de ouro e colocou um em Betel e o outro em Dã. Prestou-lhes adoração e ordenou ao povo que fizesse o mesmo (Leia 1 Reis 12.26-33).Sua intenção era evitar que a população do seu reino peregrinasse para o Reino do Sul (Judá) para adorar a deus no Templo de Salomão, como faziam religiosamente.

2. O juízo de Deus sobre Israel e Judá. Em 721 a.C., o juízo divino caiu sobre Israel. Sargão II, da Assíria, invadiu Israel e levou para o cativeiro as dez tribos do Reino Norte. O Reino do Sul (Judá), no entanto, ainda sobreviveu por mais cem anos. Em 605 a.C., Jerusalém foi sitiada pelos exércitos da Babilônia, sob o comando de Nabucodonosor. Finalmente, em 589 a. C., os caldeus invadiram e destruíram a Cidade Santa e o Templo do Senhor. O povo foi levado cativo para Babilônia, onde durante setenta anos esteve sob o jugo dos caldeus e medo-persas. O remédio foi amargo, porém eficaz: os judeus ficaram curados da idolatria.

Judá sofreu o castigo porque não se importou com o fim de seu irmão do Norte e perseverou na prática abominável do culto aos falsos deuses, queimando-lhes incenso e oferecendo-lhes sacrifícios até de vidas humanas (Jeremias 7.17-31). Contudo, o Senhor, por meio dos profetas, conclamava o povo ao arrependimento e mostrava a cegueira dos idólatras que não enxergavam a diferença entre o Todo-Poderoso e os ídolos surdos, mudos e inertes (Salmo 115.2-11 ; Jeremias 10.1-5). Compare este texto com o de Isaías 44.6-20.

IV. ADVERTÊNCIA CONTRA OS ÍDOLOS

São muitas as advertências contidas nas Escrituras contra os ídolos e a idolatria. Até aqui, foram enfocadas den-tro do Antigo Testamento; agora, serão examinadas no Novo.

1. O Concílio em Jerusalém. Nos primórdios da Igreja, surgiram inúmeras divergências entre alguns dos seus membros quanto às exigências que deveriam ser impostas aos crentes gentios. Alguns dos judaizantes e fariseus entendiam que aqueles deviam circuncidar-se e guardar a lei de Moisés para se salvarem.

A fim de dirimir toda dúvida sobre o assunto, os apóstolos e os anciãos da Igreja reuniram-se em Jerusalém e, ao fim, sob a direção do Espírito Santo, resolveram enviar à igreja em Antioquia alguns irmãos idôneos, entre os quais Paulo, Barnabé, Silas e Judas, chamado Barsabás, com a decisão que está registrada em Atos 15.28,29.

2. Advertências dos apóstolos. Escrevendo aos Coríntios, Paulo adverte con-tra a idolatria, os sacrifícios e as oferendas aos ídolos. Leia 1 Coríntios 10.14,20,21.

Por isso, o cristão não pode participar de festas em homenagem a "santos", como, por exemplo, São João, São Pedro, Cosme e Damião, etc. Os que tomam parte nestas festividades contaminam-se e provocam o desagrado de Deus. Leia, ainda, 2 Coríntios 6.16. A astrologia (consulta aos horóscopos), ioga transcendental, cristalologia, culto aos duendes e gnomos, etc. são práticas demonistas. Não devemos nos contaminar com elas. O culto aos anjos também é proibido (Colossenses 2.18). Atente para o que aconselha o apóstolo João: "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém" (1 João 5.21).

DISCIPULADO

Nesta lição, você aprendeu que a idolatria consiste em:

·      Prostrar-se perante imagens e adorá-las (Êxodo 20.5; Deuteronômio 5.9; Isaías 44.17; DanieI 3.5, 10-15).

·      Adorar outros deuses (Deuteronômio 30.17; Salmo 81.9).

·      Adorar os exércitos dos céus (o Sol, a Lua, as estrelas, os planetas, os astros) Leia Deuteronômio 4.19; 17.3.

·      Adorar os homens (Salmo 106.19.20).

·      Adorar os demônios (Mateus 4.9,10; Apocalipse 9.20).

·      Adorar anjos (Colossenses 2.18).

O que a idolatria é:

·      Uma abominação a Deus (Deuteronômio 7.25).

·      Vã e insensata (Salmo 115.4-8; Isaías 44.19; Jeremias 10.3).

·      Irracional (Atos 17.29; Romanos 1.21-23).

·      Contaminadora (Ezequiel 20.7; 36.18).

Fuja da idolatria: guardemo-nos dos ídolos, imagens de escultura que retratam santos ou anjos, dos horóscopos, pirâmides de cristais, dos gnomos, dos duendes e de tudo o que possa deslocar Deus do centro de nossas vidas e assim nos afastar Dele.

Tenha um momento de louvor e adoração a Deus, voltando a sua mente e coração para Ele, deixando que só Jesus seja o Senhor de sua vida.

VERIFIQUE O QUE VOCÊ APRENDEU

1. Marque com X a declaração correta:

(   ) Deus condena a idolatria.

(   ) A veneração de imagens e culto aos anjos é idolatria.

(   ) Quem sacrifica aos ídolos submete-se aos demônios.

(   ) O cristão pode participar de festas em homenagem a "santos" da Igreja Romana.

(   ) A idolatria leva o homem a degradação moral.

(   ) O cristão pode cultuar os anjos

 

2. Cite três coisas que, segundo a lição, consistem em idolatria.

R. Prostrar-se perante imagens e adorá-las, adorar os homens e os anjos.

3. O que acontece com os idólatras?

R. Por se apartar dos caminhos do Senhor, atrai para si a ira e o juízo divinos.